quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Exu-Mulher

Eu sou Exu-Mulher/ Sou um pecado vindo dos infernos/ Minhas asas são de Lúcifer o único Rei/ Eu sou um carrasco do escracho/ Na língua carrego o veneno de Satanás/ E nos pensamentos... Eu já nem sei./ Nas minhas veias correm o sangue do ódio implacável e em putrefação/ Minha Alma tão negra faz a guerra despontar./ Belzebu vem me chamar!/ Neste olhar tão veraz carrego a gana do teu coração destroçar/ Asmodeus o poder me entregou para a tua vida ceifar/ No ranger dos teus dentes e no tremer de tua pele eu vou me deleitar/ Se medo é o único sentimento que posso despertar/ Então, que assim seja e assim será!/ Agora é tudo ou nada/ As minhas lágrimas secaram/ E nesta face transviada eu faço a risada do Diabo reverberar/ Minha espada antes para a vida se converte para o único fim: vingança!/ Na matança dos meus sentimentos/ Faço o levante trevoso e catastrófico/ Podia minha carne rubra ser embalsamada/ Mas, no desvio desta encruzilhada entro no cemitério da minha morada/ Que se danem os moralistas/ Eu cavo duas covas sem medo do resultado/ Uma para mim e outra para ti/ Logo a frente só existe um fim/ Trago a marca bestial nos meus olhos/ Nos meus sonhos/ Nas minhas ânsias./ Ai daquele que meu caminho atravessar/ Eu sou malévola venho das trevas e com minha atrevida valentia vou te amaldiçoar/ Não tenho pacto com o Tinhoso, pois sou o próprio!/ Descendo dos 666 espíritos perdidos/ E meu DNA é pervertido/ Minhas garras se prendem aos teus ossos/ Para meu pequeno Cramulhão sua medula sugar/ Azazel meu irmão sorridente minha mão vem tocar/ Me alimenta os anseios com as lembranças falidas/ Seu semblante irradia os festejos infernais/ Sinto o calor sulfúrico/ Destrinchado corpos/ Depravando seres/ Ele é meu Demônio maior/ Vem trazer a inspiração/ Nesta curva infinita/ Eu me torno uma Rainha.../ A Rainha do Inferno!/ Que vem gelado mais que o inverno/ Sem piedade / Nem regras./ Eu tentei correr pelo certo/ Mas, minha Alma torta não se encontrou/ Era melhor se perder.../ Se perder na chama que me faz viver e respirar./ Não há castigo apenas equilíbrio e eu quero desequilibrar./ (Alma Mattos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário