
Eu sou Exu-Mulher/
Sou um pecado vindo dos infernos/
Minhas asas são de Lúcifer o único Rei/
Eu sou um carrasco do escracho/
Na língua carrego o veneno de Satanás/
E nos pensamentos... Eu já nem sei./
Nas minhas veias correm o sangue do ódio implacável e em putrefação/
Minha Alma tão negra faz a guerra despontar./
Belzebu vem me chamar!/
Neste olhar tão veraz carrego a gana do teu coração destroçar/
Asmodeus o poder me entregou para a tua vida ceifar/
No ranger dos teus dentes e no tremer de tua pele eu vou me deleitar/
Se medo é o único sentimento que posso despertar/
Então, que assim seja e assim será!/
Agora é tudo ou nada/
As minhas lágrimas secaram/
E nesta face transviada eu faço a risada do Diabo reverberar/
Minha espada antes para a vida se converte para o único fim: vingança!/
Na matança dos meus sentimentos/
Faço o levante trevoso e catastrófico/
Podia minha carne rubra ser embalsamada/
Mas, no desvio desta encruzilhada entro no cemitério da minha morada/
Que se danem os moralistas/
Eu cavo duas covas sem medo do resultado/
Uma para mim e outra para ti/
Logo a frente só existe um fim/
Trago a marca bestial nos meus olhos/
Nos meus sonhos/
Nas minhas ânsias./
Ai daquele que meu caminho atravessar/
Eu sou malévola venho das trevas e com minha atrevida valentia vou te amaldiçoar/
Não tenho pacto com o Tinhoso, pois sou o próprio!/
Descendo dos 666 espíritos perdidos/
E meu DNA é pervertido/
Minhas garras se prendem aos teus ossos/
Para meu pequeno Cramulhão sua medula sugar/
Azazel meu irmão sorridente minha mão vem tocar/
Me alimenta os anseios com as lembranças falidas/
Seu semblante irradia os festejos infernais/
Sinto o calor sulfúrico/
Destrinchado corpos/
Depravando seres/
Ele é meu Demônio maior/
Vem trazer a inspiração/
Nesta curva infinita/
Eu me torno uma Rainha.../
A Rainha do Inferno!/
Que vem gelado mais que o inverno/
Sem piedade /
Nem regras./
Eu tentei correr pelo certo/
Mas, minha Alma torta não se encontrou/
Era melhor se perder.../
Se perder na chama que me faz viver e respirar./
Não há castigo apenas equilíbrio e eu quero desequilibrar./
(Alma Mattos)
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