Ele
levava a vida como um blues arrastado,
Carregando
a felicidade dentro de uma mochila;
Sonhando
acordado para escapar da realidade.
Vagando
na treva noturna seguindo o sereno tangido
Percebia
uma bela companhia...
...Uma
ave de rapina que o seguia...
Em
um breve período tudo escapava a frágil percepção
Não
se ouvia nada nem os ganidos das harpias douradas escondidas na mata...
Lampejava
histórias das antigas e inescrupulosas estradas.
Amofinava-se
e mergulhava na dor mais ínfima existente em seu ser.
"Não
tinha nada a oferecer"
Só
uma taça de vinho, belas noites e um sorriso.
Murmurava
a ambicionar detalhes que se perderam no tempo e que jamais irão voltar.
Tentando
dar um basta nas tristezas,
Corria como criança na chuva tentando lavar seu espírito
Já
imaculado límpido.
Sem
resquício das farpas, apenas resignação.
Contemplava
a beleza que o rodeava,
Sorvia
a vida vazia que lhe fluía...
Preocupa-se...
Recordações
o atormentavam.
Esquartejavam
suas crenças...
Demoliam
as pontes de um viver simplório e despreparado.
Contaminava-se...
Adoecia,
morria e renascia.
Entoando
canções de partia a um novo curso, um novo destino.
Sempre
sozinho.
Rumando
ao sul a procura do tinha, mas com vendas nos olhos nem percebia.
(Alma Mattos e Alexandre Kingerski)
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