quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Olhares

No olhar trazemos uma verdadeira tempestade.

Tamanha é a sinceridade dos olhos,

Pois queima como fogo.

Nossa força está na pele,nos pelos e nos cabelos

Flameja na Alma entre as fagulhas e labaredas

Oh, incandescente criatura solar

Felina!

Rara natureza

Na mensagem subliminar.

Em raios e trovões somos calmaria 

Plenitude lunar incansável

Das trevas à própria luz

Deitamos no latíbulo do sonho

Entre as quimeras e o demônio risonho. Eternidade tão cálida

Dos segundos aos milésimos

Sortilégio sagrados

Do doce pecado.


(Gregório Dagon)


PS.: Gregório Dagon é um heterônimo de Alma Mattos.




segunda-feira, 25 de maio de 2020

Guardião do Redemoinho da Morte

A guerra é para nós tão natural quanto nossa essência.
Eu sou tua Valquíria mais revoltosa,
E tu és minha outra metade, guardião do meu destino.
Sou parte da tua carne quanto minha alma em alarde.
Nestas nossas trevas traçamos rotas inimagináveis.
Somos fortes e trucidados os covardes!
De mãos dadas parelhamos além da vida
Então, traçamos nossas rotas de sorte além da morte e dessa desdita.
(Alma Mattos)
Para o meu guardião do redemoinho da morte🖤☠️

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Meu Reflexo Na Escuridão

Nos amores e nas guerras
Nossos cabelos de fogo se confundem
Meu olhar se parece com o teu.
Muitos sentimentos dilacera
Nas garras de uma quiméra
Meu coração já se perdeu no mesmo mar de emoções que o teu
Tão perto e tão longe,
De mãos dadas na eternidade.
Magias,
Encantos das fadas,
Poções de amor,
Feitiços e livramento.
Me proteges e te defendo
Me amas e te mimo.
Amigas e irmãs,
O mesmo destino
Escrito num livro de páginas infinitas.
No deserto te encontrei
Mataste minha sede,
Secaste minhas lágrimas;
Contigo corri com lobos
Como se fosse a própria chefe da matilha,
Aprendi a ser fera felina contida.
Meus melindres já não causam efeitos
Minha Alma tu curaste com o teu carinho.
Nosso universo tão raro, ninguém pode invadi-lo
É unicamente meu e teu
Nossas batalhas são silenciosas,
Porém, não são menos violentas
Declaramos a vida
E às vezes, mortes sangrentas.
A minha escuridão reverbera em ti
E nos confundimos.
Somos o céu e o inferno
Transformamos tudo a nosso gosto
A vida corre por nossas mãos
Decidimos o futuro
E quem queremos ser
Decidimos destinos
Somos bruxas e fazemos arte
Dominamos a vida e toda sorte.
Vamos girar pelos quatro cantos do cosmo.
Tu a luz mais encantadora
Dançando por entre as minhas sombras.
Assim tu és a chave para abrir o caminho
E eu o selo necessário e por vezes o mais mesquinho.
Ninguém vai te machucar!
Minha outra metade encantada.
Nossas vozes se misturam
E em uníssono somos um canto de sereia
Levamos tolos ao abismo de nossas paixões
Dois corações selvagens
Estão cheios de amor e crueldade
Mas, esta é a nossa natureza
Um viver em liberdade.
Nossos sonhos serão a realidade mais implacável que já se pode ver
Nossas criações ninguém pode alcançar
Os espíritos dos nossos inimigo vamos destroçar.
Somos a mais bela figura mágica
E uma perdição kármica.
Meu único aviso:
Cuidado, somos O PERIGO!
(Alma Mattos)
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terça-feira, 31 de março de 2020

Coração de Guerra

O meu amor não é pulso passivo
É explosão violenta
Cólera danosa
Arrebenta em estilhaços...
Traços decisivos
Envoltos em beijos e abraços.
Uma cabocla da mata
Olhos vorazes
Flecha certeira
Luz, vida e guerra.
Seguindo sempre a sua maneira.
Coração valente!
No tremular do atirar,
Vencer e glorificar
Sangue guerreiro!
Pele atrevida
Perdida nas trevas
Fera ferida
Totem de onça
Menina Loba moça.
Sol do meu caminho!
No palpitar das folhas
Poder, força e honra!
Corpo em chamas
Viciosa sensação
De adrenalina,
De momentos e instantes.
Perdendo e encontrando
Desbravando a si mesma
Sina de coração irrequieto
Transborda em trovões e tempestades
Mostrando sua nobre coragem.
(Alma Mattos)

segunda-feira, 30 de março de 2020

Marcas e Cicatrizes

Algumas coisas realmente são inapagáveis
Estão na pele,
Nos poros
E até mesmo nos olhos.
Não adianta lutar contra estas marcas
Não há desonra
Pois, não são máculas.
Mas, cicatrizes de combate
Sejam de defesa ou ataque
De amor, perplexidade ou de dor.
São para serem veneradas
Pois fizeram da sua Alma
Uma guerreira desarmada e inabalada.
Não tenhas vergonha dos teus sinais
São somente teus
E não encontras outros iguais.
Se em solilóquios tu te perdes
Então, que assim seja!
Mas, não carregue a incerteza.
Vá a fundo
Crave a adaga na carne
Víscere até sanar as próprias dúvidas
É preciso sangrar
Para sentir o próprio amor
É preciso amar
Para sangrar sem sentir dor
Tu me amas?
Se amo-me, como tu não podes amar?
(Alma Mattos)

terça-feira, 3 de março de 2020

Olhos do Recomeço

Fecha-se uma página e abre-se outra.
É impressionante como aqueles olhos tão negros ainda são os mesmos.
Resgate-se!
Não vale o choro e nem o lamento.
Seus olhos são uma arma e um tesouro.
Prepare-se!
É hora de rugir algo e dizer adeus.
(Gregório Dagon)
27 de dezembro de 2019
***Gregório Dagon é um heterônimo de Alma Mattos.
Dedicado aos olhos da mulher selvagem que em essência sempre será minha inspiração de vida:Maysa Matarazzo.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

A Ceifeira

Eu sou a morte na vida
Meus precipícios ninguém pode cruzar
Mergulho a fundo
No repúdio dos homens e dos santos
Não vejo magia nas trivialidades
Eu sou apaixonada pelo sadismo
Meu pranto é um encanto vivo
Faz tremer e temer
Um gemido no silêncio tão irônico
Já não discuto ou discordo
Observo por estas duas janelas negras
Por estes meus olhos de onça
Na profundeza dos encargos eu descarrego meus excessos
Corro livre ao vento como uma virgem moça
Emaranhando-me nas crinas de cavalos selvagens e inocentes
No eco vazio dos esteios
Encontro o meu Eu perdido e sem freio
O coração é uma folha seca a esfarelar
Vou refregando meus males no fremido certinho do meu balbuciar
Corre Alma negra perdida!
Encontre nos pomares escondidos o teu fruto proibido
Antes que venham te assombrar
Ludibria os imperadores
Tua espada é de espanto
Teus fantasmas já não assustam
E em escravos hei de transformá-los!
Sou a ceifa do ceifador
O teu fim
Sem uma gota te amor.
(Alma Mattos)